terça-feira, 30 de agosto de 2016

Dilma, estadista, dá aula histórica de política e democracia no Senado



"Não esperem de mim o obsequioso silêncio dos covardes"
(Dilma Rousseff, 29 de agosto de 2016)



Marri Nogueira/Agência Senado

A defesa que a presidente Dilma Rousseff fez de si mesma no espúrio processo de impeachment no Senado Federal no dia de hoje foi histórica. O que não sou eu quem diz, mas pessoas como o jurista Luiz Moreira, para quem Dilma deu uma “aula” no Congresso. Escolhi a foto acima, apesar de haver outras melhores, porque me parece simbólica da coragem dessa mulher no contexto grotesco a que chegou o país.

Seria demasiado cansativo, para mim que estou desde o início da audiência de Dilma trabalhando, esmiuçar ou discorrer sobre o assunto. Chamou minha atenção a resposta dela a uma questão colocada pelo senador Telmário Mota (PDT-RR): “com quem a senhora vai governar (se voltar ao cargo)?”

Dilma lembrou o PMDB de Ulysses Guimarães para fazer uma análise política sobre os danos causados ao país pelo esvaziamento do centro democrático. Disse que o Brasil sempre teve um centro democrático que congregou lideranças progressistas, mas esse centro se esfacelou, o que é simbolizado pelas assombrações (termo meu) de Eduardo Cunha e Michel Temer.  

“Esse PMDB, que teve no deputado Ulysses Guimarães a sua maior força, mas não só, esse centro sofreu uma alteração profunda, deixando de ser democrático.”

“O centro democrático perdeu a hegemonia dos progressistas e passou a ter a mais retrógrada posição que o país já assistiu”, disse.

Respondendo a um senador que vai entrar para a história como alguém que jogou sua biografia no lixo, Cristovam Buarque, que ardilosamente quis saber por que ela escolheu Michel Temer duas vezes como vice de sua chapa e hoje o chama de golpista, ela lembrou o diálogo entre o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o delator Sérgio Machado, que veio a público em maio, em que Jucá afirma: “O Michel é Eduardo Cunha”.

Disse ainda: “Supúnhamos que (Temer) fosse desse centro democrático progressista, transformador. Achamos que representava o que havia de melhor no PMDB.”

“Quando (Jucá) disse que Michel é Cunha, quis dizer que Temer integra o grupo de Eduardo Cunha. Quando o centro democrático deixa de ser progressista e passa a ser golpista e conspirador, ele tem um líder. Michel Temer é um coadjuvante. O líder é, ou era, Eduardo Cunha”, continuou.

Luiz Moreira, a quem entrevistei, explicou por que o discurso no Senado foi histórico, entre outros motivos: “Ela responde com muita altivez essa onda misógina, de dizerem que ela é frágil, que estaria justificada essa violência por ser uma mulher e uma mulher frágil. Ela responde isso com muita personalidade, muito domínio técnico e político da questão. Dilma hoje deixa uma grande mensagem para o Brasil” (leia aqui)

Ela terminou a aula falando de economia, explicando à feroz advogada Janaina Paschoal questões que você pode ler aqui.

O que me pareceu muito importante – mais do que isso, digno de nota – foi a avaliação de que os atores políticos precisam de maturidade para superar as mesquinhas disputas políticas e o malfadado “quanto pior, melhor”, e a frase com que definiu essa necessidade: “Ou se entende esse processo ou vamos continuar a fazer mal a nós mesmos”.

É inquestionável que, se havia dúvidas de que Dilma é uma estadista, ela tratou de esclarecer que é. Se perder a votação, é porque o Brasil merece a tragédia.

domingo, 28 de agosto de 2016

Pequena crônica de um golpe anunciado


Por Tatiana Fernández


Lula Marques/ AGPT

O cheiro de napalm pela manhã já se sente em Brasília.

O povo brasileiro entregou seus filhos de presente para serem consumidos pelo mercado a um grande bando de criminosos organizados.

Como diz Pepe Escobar, ficam somente paralisados.

Michel Temer é o mais veloz privatizador do oeste, é água, semente, educação, energia, saúde e presídio, porque basta criminalizar os inocentes que aí os criminosos ganham escravos, negócio redondo. Eles contam com a inércia do povo.

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*Tatiana Fernández é artista plástica, doutora em Arte e professora do Departamento de Artes Visuais do Instituto de Arte da Universidade de Brasília (UnB)

sábado, 20 de agosto de 2016

Considerações sobre as andorinhas


Para Carmem, Ivani, Roseli e Tania


Fotos: Carmem Machado


Nessa época do ano, em determinadas horas do dia, tem uma revoada de andorinhas por aqui, na árvore abaixo da janela da sala, no Butantã. Dezenas e dezenas delas voando em revoada. Uma ou outra pousa na árvore desfolhada pelo inverno.

As andorinhas voando são algo lindo de se ver. Em conjunto, formam um redemoinho  no ar. Individualmente, têm as costas azul-marinho, as asas pretas e o peito branco, de modo que em voo passando perto da janela causam uma impressão forte, porque são muito bonitas. Vendo-as pousadas, como a da foto, não dá a ideia. É preciso vê-las voando - mas esse espetáculo é impossível de fotografar, a não ser que você tenha um equipamento do tipo National Geographic.

Você escuta um leve dialogar, sutil, um piado suave que vem daquele redemoinho como se viesse do éter, de todas as partes.

Vendo esse balé aéreo, fico espantado ao lembrar de ver colegas ou amigos na infância matar passarinhos como esses. Eu nunca matei sequer um, embora matar sempre tenha sido, ao longo dos séculos, uma prova de virilidade masculina e supremacia humana diante da natureza.



(Quando eu e meus irmãos éramos moleques, nós e dois de nossos amigos tínhamos uma espingarda de chumbo cada um. Eu nunca nem mesmo mirei em um pássaro. O único ser vivente que matei com aquela arma foi um rato que tinha caído na piscina do quintal da casa de um amigo: fizemos uma competição da qual participaram quatro de nós, pela qual cada um tinha sua vez de atirar no rato, de uma distância grande, creio que a uns 7 ou 8 metros dos atiradores, até que eu acertei o rato bem na espinha, e fiquei com dó, porque o tiro paralisou as patas traseiras mas ele ficava batendo as dianteiras enquanto afundava morto. Mas rato é rato.)

Eu, não. Passarinho nunca matei. Nunca me senti superior à natureza. Pelo contrário, diante dela não sou quase nada, sou apenas um fruto dela e estou sujeito a seus caprichos e belezas. 

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Juca Kfouri: "Eu não acredito no quanto pior, melhor. Eu acho que quanto pior, pior"


Pedro França/Agência Senado



Conversei ontem com o Juca Kfouri, sobre Olimpíada. A entrevista foi publicada originalmente na RBA.

Ele acha perfeitamente relacionável o comportamento da torcida brasileira que vaia atletas nos Jogos Olímpicos com o dos que ofenderam Dilma Rousseff na abertura da Copa do Mundo.

“É claro (que tem a ver uma coisa com a outra). Na abertura da Copa do Mundo, diante de sei lá quantos chefes de Estado, uma presidente eleita, legítima, mandaram ela tomar no cu. Você quer mais o quê? Nesse particular, aliás, o povo carioca foi mais educado do que o povo paulista. No Maracanã, na abertura (da Olimpíada), limitou-se a um 'fora Temer', mas não mandou tomar no cu.”

Ele diz também que os ataques à nadadora Joanna Maranhão caracterizam "o homem da elite no Brasil".

E ainda: "Não interessa à elite que os excluídos se eduquem".

A entrevista:

Como você contextualiza a Olimpíada no Brasil de hoje?

Com uma sensação ambígua. É uma festa que, tenho certeza, o Rio de Janeiro jamais esquecerá, com os problemas brasileiros que não adianta a gente querer esconder, porque eles existem e são visíveis. No caminho para a Cidade Olímpica, você se depara com um Brasil que é a cara do Brasil, muito diferente da zona sul do Rio de Janeiro. Mas, enfim, na minha maneira de ver as coisas, vejo como uma Olimpíada que não estava ainda na hora de o Brasil fazer, porque uma Olimpíada deve coroar uma política de esportes e o Brasil não tem uma política de esportes até hoje, aos 516 anos. Não é nem sequer capaz de tratar o esporte como um fator de saúde pública. Mas é indiscutível, inegável que é uma festa. O carioca não vai esquecer nunca mais.

Nesse sentido de o Brasil não ter uma política de esportes, como você compara, por exemplo no futebol, os jogadores brasileiros, muitos dos quais neopentecostais e sem preparo intelectual algum, com os alemães e os uruguaios da seleção de Óscar Tabárez, que são preparados em todos os sentidos?

Aí não é uma questão que se resuma, infelizmente, ao esporte, aos nossos atletas. É fruto de um sistema educacional abafado pela elite brasileira. Não é à toa que nosso sistema educacional é o que é, porque é uma maneira que a elite encontra para subjugar a maioria da população. Não interessa à elite que os excluídos se eduquem. E todos os esforços feitos nos últimos anos nesse sentido acabam sabotados. Estamos vendo o tamanho da sabotagem.

Os ataques a Joanna Maranhão são sintoma do ódio disseminado nos últimos tempos no país, na sua opinião?

É o sintoma mais claro da intolerância a que nós chegamos, infelizmente. Desta coisa machista, homofóbica, misógina, que caracteriza o homem dessa elite no Brasil. O cara que tem acesso às redes sociais e se aproveita do anonimato para fazer esses ataques covardes a uma mulher como ela.

E as vaias a atletas estrangeiros, como no caso do francês, podem ser vistas como uma coisa simplesmente de torcedor?

Não. É outro fruto da falta de educação. O que se fez com o francês que concorreu no salto com vara é absolutamente indesculpável. Você vaiar um atleta na hora em que ele está concentrado para competir, ou no pódio, não há o que justifique. Uma coisa é você torcer para o seu, outra coisa é você tentar desequilibrar o adversário. Num campo de futebol, isso faz parte. No atletismo, na natação, na ginástica, não faz. Mas, de novo: quem está assistindo a Olimpíada (nos estádios)? É quem tem dinheiro para pagar. Que é intolerante e mal educado. É grosseiro. E cometeu-se uma grosseria com o francês, não tenho dúvida nenhuma.

Dá para relacionar esse comportamento com o que foi dirigido a Dilma Rousseff na Copa do Mundo?

É claro. Na abertura da Copa do Mundo, diante de sei lá quantos chefes de Estado, uma presidente eleita, legítima, mandaram ela tomar no cu. Você quer mais o quê? Nesse particular, aliás, o povo carioca foi mais educado do que o povo paulista. No Maracanã, na abertura, limitou-se a um “fora Temer”, mas não mandou tomar no cu.

No contexto atual, com tudo que a gente está vendo no país, você vê alguma luz no fim do túnel?

Eu sempre vejo uma luz no fim do túnel. É a coisa gramsciana: pessimista na análise, otimista na ação. Se eu não acreditasse que o Brasil pode mudar para melhor e ser um país mais justo, eu já tinha desistido de ser jornalista e ia fazer coisas que dão mais dinheiro. Mas eu acredito que são etapas. Nós temos ainda muito a fazer. Temos que fazer um sistema educacional que esteja à altura das necessidades do Brasil. E temos que ter uma política de esportes que, antes de mais nada, pense em saúde pública, não em fazer campeões. 

Raramente um jornalista esportivo citaria Gramsci. Na sua opinião, Gramsci continua atual?

Não tenho a menor dúvida. Eu acho que dos autores marxistas ele é dos mais atuais.

Por quê?

Porque ele foi um cara capaz de compreender as mudanças que aconteceram em função da prevalência do sistema capitalista, foi capaz de entender o papel das religiões, embora eu seja absolutamente descrente, e entendeu a sociedade moderna capaz de dar um passo adiante na teoria marxista, no sentido de um entendimento do que seja uma sociedade moderna. Não é à toa que o PCI foi certamente o partido comunista mais avançado de todos os partidos comunistas do mundo.

Você concorda com quem torce contra o Brasil ou a seleção brasileira?

Não. Não porque eu não acredito no quanto pior, melhor. Eu acho que quanto pior, pior. Uma coisa é a disputa esportiva. Outra é a questão política. Eu não acho que o fato de o Brasil ir mal em qualquer competição necessariamente mudará o sistema político. Não é por aí.

Mas é difícil torcer para a CBF, não?

Eu não torço para a CBF. Eu torço por Neymar, por Luan, por Gabriel Jesus. Eu torço por nossos jogadores. Eu esqueço a CBF.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Elke Maravilha: uma baita história de vida


Texto extraído de Wikipédia (Creative Commons)

Elke Georgievna Grunnupp (Leningrado, 22 de fevereiro de 1945 - Rio de Janeiro, 16 de agosto de 2016)
Creative Commons - CC BY 3.0
Wikimedia Commons
Filha de um russo e de uma alemã, Elke nasceu na antiga Leningrado, hoje São Petersburgo. Seus pais resolveram imigrar para o Brasil, um país visto como promissor e bom acolhedor de estrangeiros, onde havia muitas colônias de imigrantes. O casal junto com seus três filhos, instalaram-se em Itabira, no interior de Minas Gerais, em um sítio, onde Elke e seus dois irmãos, passaram toda a sua infância, convivendo com todo tipo de animais rurais, realmente vivendo como uma camponesa. O casal não quis se mudar para uma colônia pois queria viver realmente como brasileiros e aprender os hábitos do país, tanto que Elke se surpreendeu ao conhecer pessoas de diversas etnias e orientações sexuais, um misto de pessoas que não havia em seu país, na época.

Quando Elke se tornou adolescente, a família se mudou para um sítio em Jaguaraçu, outra cidade do interior mineiro, onde Elke continuou a conviver na vida rural, com trabalhos do campo. Lá nasceram seus dois outros irmãos. Muito inteligente, na adolescência já falava, segundo ela mesma afirma, nove idiomas: russo, o português, o alemão, o italiano, o espanhol, o francês, o inglês, o grego e latim. Alguns desses idiomas foram aprendidos em casa, por causa de sua raízes germânicas, e outros aprendeu em cursos, que seus pais pagaram com dificuldade.

Querendo sua independência, já possuindo um bom currículo por conta dos idiomas que falava, saiu de casa aos 20 anos para morar sozinha no Rio de Janeiro, onde pagava seu aluguel trabalhando como secretária bilíngue em escritório. Por sempre gostar de estudar, Elke fez faculdade de Letras, e se formou em professora, tradutora e intérprete de línguas estrangeiras. Para pagar seu aluguel e sua faculdade, Elke trabalhou como bancária, secretária trilíngue. Foi também a mais jovem professora de francês da Aliança Francesa e de inglês na União Cultural Brasil – Estados Unidos.

Morou em Porto Alegre entre 1966 e 1969, onde cursou cadeiras nas faculdades de Filosofia, Medicina e Letras da UFRGS. Em 1971 se casou pela primeira vez, com o escritor grego Alexandros Evremidis.

Elke foi presa no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, em fins de 1971, depois de rasgar, aos gritos de "covardes, como ousam, vocês já o assassinaram!", cartazes com a fotografia de Stuart Angel Jones, filho de sua amiga Zuzu Angel, já então morto depois de torturas na Base Aérea do Galeão. Foi enquadrada na Lei de Segurança Nacional, o que a deixou apátrida.[5][6] Só foi solta depois de seis dias após a intervenção de amigos da classe artística. Anos depois, requisitou a cidadania alemã, a única que possuía.

Sua vida pessoal sempre fora muito conturbada. Morou em diversos países e teve oito casamentos, com homens de diversas nacionalidades. Fez três abortos, fruto de seus três primeiros casamentos, pois jamais quis ser mãe, e sempre achou que com seu jeito rebelde de ser, jamais poderia educar uma criança de forma digna.

Contou em entrevistas que tomava pílula anticoncepcional, mas fora enganada por alguns desses maridos, que queriam ser pais, e em vez de tomar a pílula certa, Elke tomava a pílula de farinha. Após descobrir isto, começou a usar DIU. Elke também foi usuária de todos os tipos de drogas ilícitas, além de todos os tipos de bebida alcoólica, e dizia que não tinha preferência por nenhum tipo de homem, e sim, que tinha pressa de namorar.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Michael Phelps e Usain Bolt: as duas lendas que passaram pelo Rio de Janeiro


Desde já se pode dizer que duas lendas marcaram época nos Jogos Olímpicos do Rio de
Janeiro em 2016. O nadador norte-americano Michael Phelps e o atleta jamaicano Usain Bolt. Dois monstros. O esporte é uma das  atividades humanas que transcendem a política.





Phelps nos fez (coisa rara) torcer aqui em casa por uma equipe dos Estados Unidos, justamente pelo time que ganhou o ouro no revezamento 4x100m medley na noite de sábado 13 de agosto. Nessa prova (que Phelps promete ser a última, mas pode não ser) ele chegou a 28 medalhas olímpicas: 23 ouros,três pratas e dois bronzes.

Usain Bolt chegou à terceira medalha de ouro nos 100 metros rasos na Olimpíada do Rio, com 9s81. A prova é considerada a "mais nobre" competição do atletismo.

Não é o propósito deste post fazer estatísticas, contar número de medalhas ou detalhar a carreira de cada um.




A intenção é só registrar no blog os nomes das duas lendas  que fizeram história na Rio-2016: Michael Phelps e Usain Bolt. Cada um no seu  estilo: Phelps, o maior medalhista da história, mais introspectivo; Bolt, o  tricampeão olímpico nos 100 metros rasos, uma figura extrovertida que cativa o povo por onde passa. Ambos extremamente carismáticos.

Daqui a 100 anos, Phelps e Bolt serão lembrados como os dois grandes que passaram pelo Rio de Janeiro em 2016. Como se fossem a reencarnação de figuras que estiveram nos Jogos iniciados na Grécia, no século VIII a.C.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Liminar libera "Fora Temer" nos Jogos do Rio


"Defiro o pedido de concessão da tutela de urgência para o fim de determinar aos réus que se abstenham, imediatamente, de reprimir manifestações pacíficas de cunho político nos locais oficiais, de retirar do recinto as pessoas que estejam se manifestando pacificamente nestes espaços, seja por cartazes, camisetas ou outro meio lícito permitido durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016.”

Clique para ampliar


Este é um trecho da liminar concedida pelo juiz federal substituto do Tribunal Regional Federal 2ª Região (TRF2) João Augusto Carneiro de Araújo. Ele acatou pedido feito pelo Ministério Público Federal (MPF) contra a posição do Comitê Rio 2016 de reprimir manifestações pacíficas contra o governo interino em estádios e ginásios.

Pelo menos no momento, em relação a isso, o Estado de Direito está preservado e o "Fora  Temer", liberado.

A decisão é de primeira instância e pode cair no tribunal. Esperemos que não e a tão violentada Constituição prevaleça.