sábado, 19 de maio de 2012

Brasileirão começa, como sempre, esvaziado e chato


“O Brasileirão, campeonato mais disputado do mundo”, começa hoje. A afirmação do corintiano Leandro, em comentário no post anterior, soa quase como um lembrete.

E é metaforicamente um lembrete mesmo. Soa como: "Galera, não esqueça, o Brasileiro está começando, viu?". De fato é o campeonato mais disputado do mundo. Mas o Brasileiro tem sido chato e desinteressante enquanto não chega o segundo semestre, desde que se adotou aqui o sistema europeu de pontos corridos em dois turnos. Ele se inicia em meio às fases mais agudas da Libertadores e Copa do Brasil e os times mais importantes, portanto, estão focados em outra coisa.

Corinthians é o atual campeão nacional

Além disso, em um ano tem Copa América, no outro Olimpíada, no outro Copa do Mundo, no outro Copa das Confederações e assim por diante, de maneira que a desgraça da seleção brasileira, digo, balcão de negócios, chupa dos melhores times os seus craques. E tem ainda a malfadada “janela” européia, que faz com que muitos clubes comecem o campeonato com um time e terminem com outro, embora a crise européia tenha diminuído bastante o tamanho da tal janela.

Não satisfeita com esse calendário perverso, a CBF ainda marca para as primeiras rodadas jogos que deveriam estar no meio da tabela. Claro, aí deve ter o dedo da Rede Bobo, que quer clássicos para ter audiência logo no pontapé inicial. Assim, esta primeira rodada terá Corinthians x Fluminense, Vasco x Grêmio e Botafogo x São Paulo. Grandes clássicos completamente esvaziados e sem graça. Ironicamente, justo Timão (contra o Vasco) e Flu (contra o Boca) têm na semana que vem batalhas renhidas pelas quartas-de-final da Libertadores, enquanto São Paulo e Grêmio têm seus duelos pela CB. Na terceira rodada, é a vez do Santos pegar o Fluminense, quando Neymar e Ganso estarão no balcão de negócios disputando amistosos.

Não é à toa que o Santos, nos últimos dois anos, levou o Brasileiro no banho-maria. Porque não interessava (pode ser uma estratégia equivocada, mas nenhum time ganha tudo sempre e, então, prioriza-se). Vamos supor que o Corinthians ou o Flu ganhe a Libertadores. Vai cozinhar o galo do mesmo jeito, pensando por sete meses num único jogo, o do tal Mundial.

Só pega no segundo semestre

Este ano, a primeira rodada do Brasileiro depois da Olimpíada será a 16ª. Até lá, o campeonato não vai realmente espelhar o que é o futebol nacional.

Querem saber? Considerando tudo isso, acho que esse sistema de pontos corridos acaba sendo uma farsa e não tem nada a ver com o Brasil. A menos que se mudassem as distorções acima mencionadas. Os estaduais, a Copa do Brasil e a Libertadores acabam sendo muito mais empolgantes.

Se o calendário fosse mais decente, daria para conjecturar com mais prazer. Eu diria que os principais candidatos ao título brasileiro seriam o atual campeão Corinthians, Santos, Internacional, Fluminense, Grêmio e São Paulo (acho que o bom time do Vasco está em decadência e namorando com a crise: a lambança e falta de ousadia do Cristóvão Borges no jogo com o Corinthians pela Libertadores irritou ainda mais sua torcida e o próprio elenco).

E vamos então começar “o campeonato mais disputado do mundo”, é verdade, mas que só vai ser de fato interessante daqui a quase três meses.


Chelsea é campeão europeu*

Não vou fazer uma nova postagem, mas atualizo esta para registrar o título do Chelsea, campeão europeu ao bater o Bayern de Munique nos pênaltis, após empate de 1 a 1 até a prorrogação.

Nunca tive simpatia pelo time londrino, mas poucas vezes vi um título ganho com tanta raça. Começando pelo arqueiro Petr Cech, passando por Terry, Ramires (estes dois não atuaram na final), Lampard, Drogba, Torres (autor do gol que eliminou o Barcelona) e outros.

Um belíssimo e merecido título. Eu diria antológico. Incrível a trajetória do técnico Roberto Di Matteo. Um predestinado.

*Atualizado à 0:25

12 comentários:

Leandro disse...

Pelo que eu sei, nenhum campeonato nacional na Europa, África, CONCACAF, Asia ou Oceania sofre paralisação na fase de definição do campeonato continental ou quando o mundial se avizinha. E nem deveria.
O Vasco, no ano passado, a exemplo do Internacional em 2006, e do Corinthians em 2002 não tirou o pé do acelerador só porque se garantiu na Libertadores ou no Mundial.
Estes exemplos, a meu ver, são os que devemos enfatizar para parar com este discurso de que o nosso campeonato nacional começa como coadjuvante.
O que tem que ser mudado é o enfoque quanto ao acúmulo de competições e quanto ao modo de administrar isso, bem como quanto às prioridades que se dá a cada uma delas.
Não vejo como exigir recesso do Brasileirão por causa da Libertadores, do Mundial, das fases da lua, da crise na bolsa de Nova Iorque ou por causa do calendário argentino, sírio, havaiano ou europeu.

Paulo M disse...

Bom texto do blog. Acho que tudo isso começa pelos intermináveis e burocráticos estaduais, que enfim terminaram após quatro infindáveis meses. É impossível extingui-los, mas encurtar a maratona e adiar o início dessas competições daria muito mais tempo aos times para a pré-temporada, para remontar seus elencos e entrosá-los, o que já faria uma grande diferença. Daí haveria espaço no calendário para repensar esse calendário. Uns dois meses pro Paulistão ficariam de bom tamanho.

Nos anos 70 quase não se via jogo pela TV. Às vezes transmitiam aos domingos. Hoje ela nos dá o prazer de ver jogos ao vivo quase todo dia, e mais de um simultaneamente, precisando só apertar o botãozinho do controle remoto pra torcer e analisar tática e tecnicamente cada equipe, tomando uma breja e comendo amendoim torrado... Mas a TV cobra o preço de transformar o futebol num mero produto de mercado, numa mercadoria de brechó, num balcão de negócios mesmo. Parece que todo o calencário depende do interesse de emissoras de televisão porque elas pagam a maior parte da conta da sobrevivência dos clubes. E a audiência já não depende tanto de que se vejam grandes craques e grandes jogos dentro das quatro linhas. Depende só de que tomemos a Brahma e comamos os amendoins dos anunciantes no show do intervalo.

Felipe Cabañas da Silva disse...

Concordo com você sobre o Chelsea, Edu. Achei que você ia meter o pau no time londrino, afinal de contas é um time que jogou na Liga o futebol mais feio possível, oposto ao futebol da escola santista de Pelé e Neymar.

Também não tenho nenhuma simpatia por esse time da alta elite londrina que, apesar de azul, tem uma cara chata de São Paulo Futebol Clube. Mas ontem torci para o Chelsea e vibrei com esse título raçudo por alguns motivos:

1- O Chelsea mostrou que o futebol não é um ciclo dos mesmos vencedores que vai se repetindo periodicamente. Mesmo os torneios mais disputados do mundo, como a Liga do Campeões da Europa, estão abertos a novos protagonistas. Desde 1996, quando o Borussia Dortmund ganhou seu primeiro e único título, a Champions não via um título inédito. Para os antis que acham que o Corinthians nunca vai ganhar a Libertadores, fica aí uma bela lição... rs.

2- O futebol não é o império de uma única escola de jogo. Futebol é magia, talento, genialidade, mas é também determinação, organização, aplicação tática e raça. O futebol foi feio, mas o espetáculo terminou sendo bonito. Acho que desde a final entre Milan x Liverpool, em que o Liverpool reverteu uma vantagem de 3 x 0 do time italiano, não se via uma virada de jogo tão impressionante como a de ontem. É louvável a organização, a aplicação tática, a determinação e a frieza com que os blues ganharam a Europa. Isso também é futebol.

3- Futebol não se ganha de véspera, e os favoritos existem para serem destronados. Nas vésperas da decisão, 11 em cada 10 analistas esportivos eram unânimes em colocar o Bayern como o grande favorito. Mano Menezes, chefe do balcão de negócios da CBF, disse no intervalo da transmissão da Globo que o Bayern era o grande favorito e que certamente no segundo tempo iria abrir o placar e ganhar o jogo. Como senso comum enche o saco.

Acho que em suma é isso.

Eduardo Maretti disse...

Torci muito pro Chelsea na semifinal contra o Barcelona. Não sei por que, foi meio sem explicação, hehe.

O gol que eliminou o Barça, de Fernando Torres nos estertores da partida, num contra-ataque incrível depois de um sufoco inacreditavelmente inútil, foi um momento épico do futebol. É difícil achar um vídeo no You Tube, pois as imagens são bloqueadas pela UEFA.

Mas achei um feito na arquibancada:

http://www.youtube.com/watch?v=o-kZB4QotFI

Depois desse jogo, não seria justo que os deuses do futebol abandonassem os blues contra o burocrático Bayern. O Chelsea já tinha perdido um título nos pênaltis pro Manchester na temporada 2007/2008.

Portanto, parecia um título já definido de antemão, de tão justo que foi. E sou fã de Drogba. Não seria nada mau ele fazer dulpa com Neymar, no Santos... rs.

Paulo M disse...

Bem, torci pelo Bayern também por alguns motivos. Primeiro porque é um dos times da Europa (junto com Liverpool, Atletico de Madrid, Juventus e Fiorentina) pelos quais tenho grande simpatia. Segundo, não acho que o Chelsea tenha mostrado que "o futebol não é um ciclo dos mesmos vencedores que vai se repetindo periodicamente", como disse o Felipe. Ao contrário, o time inglês é um dos mais poderosos da Europa e concorrente direto a qualquer título que disputar, independentemente de já ter ou não a UEFA Champions no currículo. Novidades nesse sentido foram o Estrela Vermelha e o Aston Villa, aí sim, quebraram o script. Terceiro, que futebolzinho de retranca! Louvemos a raça e a presença de Lampard e Drogba, mas parecia às vezes a tática iraniana na Copa de 98 (ou 2002, não sei) do 10-0-0. Cheguei a pensar: "Pô, acho que, ao contrário do que afirmam filósofos e poetas, o medo muitas vezes é muito produtivo". O Santos não precisa ter raça, porque tem técnica e habilidade. O Barcelona não precisa ter raça, tem técnica e habilidade. E é isso que gostamos de ver no futebol. O Chelsea usou a mesma "regra" do Corinthians campeão brasileiro de 2011. Não é pegar no pé do Timão, desulpem, mas acho que a raça é quase sempre a superação do mau futebol. E, em minha opinião, foi isso que vimos ontem: um heroísmo covarde contra um futebol jogado, careta, é bem verdade, muito geométrico e pesadão, mas que se lançou ao jogo, contra um adversário que jogou o antifutebol. Honestamente, achei lamentável a conquista do Chelsea da forma como se deu.

Eduardo Maretti disse...

É, Paulão, mas futebol é bonito por isso. Defensivista o time londrino foi, mas jogou na bola, "futebol jogado" também, mas à sua maneira. Onde tava a arte no time mecânico do Bayern? Um time totalmente branco, sem ginga. O gol do Drogba foi um espetáculo, a maneira como ele se deslocou, enganando a marcação adversária, subiu no segundo andar e testou de olho aberto pro fundo do gol. Também tem arte aí!

Acho legal o futebol visto um pouco também como um jogo de xadrez.

PS: ou seja, também é bonito ver um grande zagueiro e um grande goleiro atuarem. Quando eu era criança e jogava bola na rua eu adorava ser goleiro, embora o time precisasse mais de mim na linha - hehe. Acho que meu primeiro "ídalo" de infância no futebol, aliás, foi um goleiro: Cejas.

Alexandre disse...

Só discordo de uma coisa, Paulo M: raça também é uma virtude que se deve considerar, muitas vezes unida à técnica e à habilidade. Como bom exemplo disso temos o futebol argentino e uruguaio, movidos à raça, são donos também de grande habilidade e técnica. Mais a Argentina. Raça tá no sangue e faz parte de um grande espetáculo. Sem raça, sem graça. Todos esses atributos unidos num mesmo time, as chances de vitória são bem maiores. Aí tem que contar a sorte para o sucesso total. Mas só raça...fica mais difícil.
Consegui conferir apenas o final da prorrogação Chelsea x Bayern e os pênaltis. Parabéns aos ingleses

Eduardo Maretti disse...

Concordo completamente com você, Alexandre.

Gabriel Megracko disse...

Desde que seja futebol, na bola, vale tudo. Que dá raiva, dá. Quando é com o seu time, que só ataca, ataca e perde gol e os caras vão lá e em um ataque ganham o campeonato continental... ah! Eu ficaria com muito ódio. Mas o Chelsea tem um jogo tão sinceramente defensivo que é isso que a gente acaba louvando nele. Como disse o Edu, é legal ver zagueiros e goleiros fazendo milagres, tirando bolas em cima da linha... É uma perfeita lição de que futebol defensivo nada tem a ver com violência. Mas apesar de não serem "violentos", Chelsea e Bayern foram os dois times mais faltosos da Liga. Tinham uns 5 desfalques por suspensão, acho.
Acabei criando certa simpatia pelo Chelsea. Talvez porque as primeiras vezes que vi jogarem, achei o time simpático. Os jogadores são simpáticos, a maioria. E o Ghost Drogba ontem definitivamente assombrou o Bayern. O gol dele foi realmente incrível, pela movimentação dele dentro da área. Um legítimo fantasma negro! Bonito de ver. Não tem mesmo uma explicação lógica, mas acho um time simpático e, por favor, não acho que tem relação com Tricolor do Morumbi, "chato pra caramba", rs, apesar de respeitável... Não muito pro Peixe, mas...
Agora, apesar de ser um anarquista por natureza e acreditar devotamente que o Anarquismo só é possível após a consolidação de uma espécie de Socialismo, que veta a possibilidade de uma classe social pela qual o Chelsea parece estar envolvido historicamente, não podemos esquecer que entre o burgueses sempre há aqueles cinco porcento com que podemos/devemos fazer o elo com a sua casta adjacente. De repente é isso. É sabido que é um time "sem escola", formado na base da grana, mas sempre há, também, um ou outro patrão que monta uma boa equipe, uma vez que lhe cai na mão uma possibilidade financeira. Vamos ver como se comporta o Chelsea Futebol Clube na sua história.
E, que se diga, apesar de querer que o Barcelona voltasse ao mundial para, no caso de bi da Liberta (sendo que ainda tem um jogo embaçado pelas quartas), haver uma revanche, achei divertidíssimo a forma como foi. Ri à beça! E foi literalmente heroico, bem como o jogo com o Bayern. Adorei ver o "Messias" sofrendo; começaram as críticas, e tal. E, pensem bem: o Bayern é um time que com o monte de craque que tem no Barcelona, teria um jogo parecidíssimo. Não tendo, outras virtudes procuram suprir a falta de técnica individual. Não acho o jogo do Bayern mais "bonito" que o do Chelsea. O do Barcelona tem um jogo muito vistoso por causa de seus craques; e sem nenhum exagero, poderiam ganhar uma copa. Agora, tira a multidão de craques de lá e vira um Bayern. Mas o Chelsea quando começa a trocar passes num contra-ataque, a chance de sair um gol é enorme! É peculiar. Com a bola no pé são bem habilidosos. Você sabe que eles vão ficar o jogo inteiro na defesa e que se você não atacar, não vai fazer gol, mas que, atacando, a chance de tomar é muito alta! E, também, se o Chelsea sente que o time adversário não ataca, uma hora eles põem pra dentro. É difícil. Enfim, é um time respeitável e uma pedreira que é uma montanha pra bater num mundial.
E o Bayern e sua torcida jogaram como derrotados, apesar de ser um time simpático também. Faltou potência.

Leandro disse...

Em finais como as do campeonato maranhense ou da Liga dos Campeões(?) da Europa eu costumo ficar absolutamente indiferente, mas desta vez admito que também me agradou o título do Chelsea por ser um "maracanaço", por conta de figuras como Drogba e para mostrar mais uma vez que, diferente de modalidades como tênis e basquete, o futebol proporciona alternância de finais e de campeões.
Mas acho um negócio abjeto esse lance do pessoal aqui no Brasil (e mundo afora) sair comprando camisas de times europeus e se comportar em frente a telões de bares como se estivessem torcendo para seus clubes nos estádios aonde seus pais os levaram bem antes deste tal lance de "globalização".
Comprar camisas de times ou de seleções do México para cima deveria ser crime contra a economia popular.
Eu até usaria uma do América de Cali, do Al Ahli ou da LDU, mas de times e seleções da Europa, nem se me pagarem cachê.

E.T.: Gabriel, o Chelsea não lembra apenas o SPFC. Isso não bastasse, consegue a proeza de ser uma espécie de mescla de SPFC e Porcada.
Agremiação desprezível sob todos os aspectos para um corinthiano, maloqueiro e sofredor graças a Darwin e Ogum.

Gabriel Megracko disse...

Leandro, muito bem observado! Ando reparando no "tipo" das pessoas que usam a camiseta do Barcelona escrito "10 Messi" atrás. E o mais curioso é que eles tentam se parecer com o cara: cabelinho, gestos... é bizarro. O negócio é chegar neles e dizer "Hola, de dónde és, hermanito, de Barcelona?" O cara vai responder em português. Aí você diz, "ué, mas você é brasileiro e torce pro Barcelona?" Aí ele provavelmente vai responder que é sãopaulino. rs... Não é sacanagem, a maioria dos que usam essas camisetas, em São Paulo, são sãopaulinos. Curiosamente, condiz com a mentalidade importada do povo dessa cidade, quase inteira importada também... de música a metrô.
Agora, essa de Darwin e Ogum, vamos conversar... é São Jorge, é Darwin, é Ogum... jájá vocês vão dizer que quem inventou o Corinthians foi o Einstein em parceria com algum cachaceiro que ele encontrou na rua em alguma passagem eventual pelo Brasil em 1910... pô, peraí! O Peixe nasceu como nasce a vida, assim como seus filhotes Robinho, Diego, Ganso, Rey, Pelé, etc... Alguns são adotados pequenos, claro, mas foram bem criados.
Veja bem, o Newton, por exemplo, só olhou e interpretou uma coisa que o Rey, com a bola nos pés, entende desde criança.

Leandro disse...

Gabriel,
Como é que você sabe que o SCCP também é obra darwin-einsteniana, mancomunada com algum outro sábio dos botequins do submundo da paulicéia operária e oprimida do início do século passado?
Só não entendi o porquê da comparação com a teoria "criacionista" do Santos FC. Comparações sequer são possíveis nesta seara.
Sobre os tipinhos bambis (e realmente, em todos os aspectos do termo) travestidos de Messi, Cristiano Ronaldo e etc., só não conseguem ser piores que os vestidos com camisas do LA Lakers ou do NY Knicks, que saem por aí escrevendo em caixa alta no blogue, no Facebook ou coisa que o valha, frases como "Go Lakers!", "Came on, Knicks!!", "Great, Mavericks!!!". E num inglês cuja qualidade não encontra similar no idioma nativo destes sujeitos.
Eu não suporto basquetebol, e manifestações como estas me fazem detestar ainda mais o negócio. Tanto que sequei na cara-dura a seleção brasileira do técnico argentino e jogadores estadunidenses que se classificou a duras penas para ser, ao que tudo indica, saco de pancadas em Londres 2012.
E, se vierem me falar em rúgbi, futebol americano (um bando de brutamontes descerebrados que leva mais tempo se vestindo que jogando), aí eu perco as estribeiras de vez.
Policarpo Quaresma que nos acuda...